Fitoterapia Atual
sábado, 21 de novembro de 2015
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Cava-Cava
Cava-Cava
Cava-cava (kawa-kawa): planta Medicinal ansiolítica e calmante, utilizada em casos de ansiedade ou estresse, que pode ser encontrada sob forma de medicamento pronto para o uso (comprimidos, cápsulas).
Família
Piperáceas
Constituintes
Kavapironas, flavonóides, kavalactones.
Partes utilizadas
Rizoma
Efeitos da Cava-cava
Ansiolítico, espasmolítico, calmante, anticonvulsivante, tranqüilizante, analgésico.
Indicações da Cava-cava
Ansiedade (transtorno de ansiedade generalizado), estresse, distúrbios do sono, artrite, o desejo sexual feminino (o desejo aumenta por um efeito indireto, devido ao efeito ansiolítico da kava, de acordo com um estudo australiano publicado em 2013). Ler: Kava kava, eficaz contra a ansiedade
Efeitos secundários
Diversos efeitos secundários possíveis (diarréia, anorexia,…). Na compra de um medicamento, leia a bula e peça conselhos a um especialista.
Contra-indicações
Gravidez, aleitamento, depressão, doenças no figado (hepatite, cirrose…). Na compra de um medicamento, queira ler a bula e peça conselhos a um especialista.
Interações
Álcool, diferentes medicamentos que agem sobre o sistema nervoso (barbitúrico). Na compra de um medicamento, queira ler a bula e peça conselhos a um especialista.
Preparações
– Cápsulas de cava-cava
Onde cresce a cava-cava ?
A cava-cava cresce nas ilhas no Pacífico.
Observações
– Planta muito utilizada e consumida na forma de um « leite » extraído do seu rizoma, em inúmeras ilhas do Pacífico, como a Vanatu. A cava-cava contribui bastante com a economia e com a vida social dessas ilhas do Pacífico.
– Um estudo australiano, da Universidade de Melbourne publicado em 2013, demonstrou a eficácia da kava-kava versus placebo. Os pesquisadores acreditam que esta é uma terapia eficaz para tratar a ansiedade crônica.
REFERENCIA:
criasaude.com.br - Cava-cava (kawa-kawa)
Goji Berry
Lycium barbarum aumenta o gasto calórico e diminui circunferência da cintura em excesso de peso em Homens e Mulheres saudáveis.
Lycium barbarum (L. barbarum), uma terapia medicinal tradicional asiática para diabetes e outras
condições, foi demonstrado que o aumento da taxa metabólica e para reduzir o ganho de peso corporal em
modelos de roedores , assim a produzir melhorias clínicas em sentimentos gerais de bem-estar , incluindo
nível de energia.
Dois duplo-cego, pequenos estudos separados randomizado, controlado com placebo clínicos foram
realizados usando um suco de frutas L. barbarum padronizado, GoChi , para avaliar seus efeitos sobre (1)
taxa metabólica de repouso (RMR) e o gasto energético pós-prandial (PPEE) , medido pela calorimetria
indireta após a ingestão de uma dose posológica dividida em 3 administrações de L. barbarum (30 , 60 e
120 ml) e placebo, e (2) da circunferência da cintura e outras mudanças morfométricas em um julgamento
de 14 dias da intervenção ( 120 ml ingestão diária ) nos indivíduos ( idade ¼ 34 anos , índice de massa
corporal ¼ 29 kg/m2).
Uma única dose posológica ingerida de L. barbarum PPEE aumentou de 1 a 4 horas sobre pós-ingestão no
nível de linha de base de uma forma dependente da dose e foi significativamente mais elevado do que no
grupo placebo em 10% a 1 hora após ingestão de 120 ml (p , 0,05 ). (2) Em um estudo de intervenção de 14
dias, L. barbarum foi encontrado para significativamente diminuir a circunferência da cintura por 5,5, 6, 0,8
centímetros (n ¼ 15 ) em comparação com as medidas pré-intervenção e a grupo placebo no dia 15 pósintervenção
( p , 0,01 ) . Em contraste, as modificações no grupo do placebo
(n = 14) a partir de pré-
intervenções foi de 0,9 6 0,8 centímetros , o que não foi estatisticamente significativo.
Estes resultados mostram que o consumo de L. barbarum aumenta a taxa metabólica e reduz a
circunferência da cintura, em relação aos tratados com placebo indivíduos controle.
FONTE: www.fagron.com.br - fornecedor de insumos farmacêuticos
CRANBERRY - EXTRATO SECO - TRATAMENTO E PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES NO TRATO URINÁRIO
Cranberry é uma planta nativa da América do Norte que apresenta em sua composição
antocianidinas, flavonóides, proantocianidinas, taninos condensados e ácidos fenólicos, estes componentes
podem impedir a adesão de certas bactérias, incluindo a Escherichia coli, associada às infecções do trato
urinário. As propriedades de anti-adesão do Cranberry podem também inibir as bactérias associadas à úlcera
estomacal. Pesquisas científicas recentes também demonstram que o Cranberry contêm quantidades
significativas de antioxidantes e outros fitonutrientes com o potencial de impedir danos oxidativos causados
pela espécie reativa do oxigênio, deste modo, protege o organismo contra doenças cardiovasculares e
câncer.
Propriedades:
Cranberry no Trato urinário
Os povos indígenas utilizam por séculos preparações de Cranberry para tratar infecções do trato
urinário (UTI) e outras doenças. Por conter proantocianidinas (PACs), que inibe a adesão das bactérias,
incluindo a Escherichia coli, ao epitélio do trato urinário e subsequentemente ocorre a diminuição da
reprodução da bactéria que causa a infecção. Howell foi o primeiro a relatar as propriedades de antiadesão
do Cranberry em 1998. Em 2002, a Conferência de Biologia Experimental, relatou através de um estudo
clínico com 6 voluntários que o suco de Cranberry impede a adesão da E. coli nas células do trato urinário
através da contagem de E. Coli na urina dos voluntários. Antiadesão bacteriana e Resistência ao antibiótico
As teorias recentes referem que o mecanismo de ação do Cranberry na prevenção das infecções do
trato urinário está relacionado à acidificação da urina. Entretanto, este mecanismo ainda não foi
confirmado. Os compostos responsáveis foram identificados por Howell como proantocianidinas e taninos
condensados. Um trabalho mais detalhado apresentou em abril de 2002 que em testes com Cranberries, uvas, maçãs, chás e chocolates, apenas os Cranberries exibiram a habilidade de impedir a adesão da
bactéria.
Novas pesquisas indicam que o Cranberry pode agir em outra parte do corpo, além do trato urinário
de encontro também a outras bactérias. A adesão dos diferentes tipos de bactérias que causam úlceras no
estômago e doença periodental (cáries), pode ser inibida na presença do Cranberry, e é provável ainda que
outras bactérias susceptíveis também sejam.
O consumo regular de Cranberry não só ajuda a manter a saúde, mas reduz o número de infecções,
e sendo assim evita que sejam ingeridas altas doses de antibióticos, reduzindo ainda a probabilidade de
aparecimento de bactérias resistentes, sendo que este é um problema de saúde pública de proporção
global.
FONTE: www.viafarmanet.com.br - fornecedor de insumos farmacêuticos.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
RENISUS: LISTA DE PLANTAS MEDICINAIS DO SUS
A Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), é constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Ministério da Sáude. As espécies vegetais foram pré-selecionadas por regiões que referenciavam seu uso por indicações e de acordo com as categorias do Código Internacional de Doenças (CID-10). Essa parte inicial do trabalho foi realizada por técnicos da ANVISA e do Ministério da Saúde (MS), profissionais de serviços e pesquisadores da área de plantas medicinais e fitoterápicos, vinculados à área da saúde, representando as diversas regiões brasileiras.
O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, instituído em dezembro de 2008, tem como objetivo inserir, com segurança, eficácia e qualidade, plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à fitoterapia no SUS. O programa busca também promover e reconhecer as práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais e remédios caseiros. Acredita-se que cerca de duas mil plantas brasileiras sejam usadas como remédios naturais pela população.
A finalidade da RENISUS é subsidiar o desenvolvimento de toda cadeia produtiva relacionadas à regulamentação, cultivo, manejo, produção, comercialização e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos. Terá também a função de orientar estudos e pesquisas que possam subsidiar a elaboração da RENAFITO (Relação Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos), o desenvolvimento e a inovação na área de plantas medicinais e fitoterápicos. A relação deverá ser revisada e atualizada periodicamente.
O Ministério da Saúde possui atualmente uma lista com 71 nomes de plantas medicinais de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS):
- Achillea millefolium
- Allium sativum
- Aloe spp (Aloe vera ou Aloe barbadensis)
- Alpinia (Alpinia zerumbet ou Alpinia speciosa)
- Anacardium occidentale
- Ananas comosus
- Apuleia ferrea = Caesalpinia ferrea
- Arrabidaea chica
- Artemisia absinthium
- Baccharis trimera
- Bauhinia spp (Bauhinia affinis, Bauhinia forficata ou Bauhinia variegata)
- Bidens pilosa
- Calendula officinalis
- Carapa guianensis
- Casearia sylvestris
- Chamomilla recutita = Matricaria chamomilla
- Chenopodium ambrosioides
- Copaifera spp
- Cordia spp (Cordia curassavica ou Cordia verbenacea)
- Costus spp (Costus scaber ou Costus spicatus)
- Croton spp (Croton cajucara ou Croton zehntneri)
- Curcuma longa
- Cynara scolymus
- Dalbergia subcymosa
- Eleutherine plicata
- Equisetum arvense
- Erythrina mulungu
- Eucalyptus globulus
- Eugenia uniflora ou Myrtus brasiliana
- Foeniculum vulgare
- Glycine max
- Harpagophytum procumbens
- Jatropha gossypiifolia
- Justicia pectoralis
- Kalanchoe pinnata = Bryophyllum calycinum
- Lamium album
- Lippia sidoides
- Malva sylvestris
- Maytenus spp (Maytenus aquifolium ou Maytenus ilicifolia)
- Mentha pulegium
- Mentha spp (M. crispa, M. piperita ou M. villosa)
- Mikania spp (Mikania glomerata ou Mikania laevigata)
- Momordica charantia
- Morus spp.
- Ocimum gratissimum
- Orbignya speciosa
- Passiflora spp (Passiflora alata, Passiflora edulis ou Passiflora incarnata)
- Persea spp (P. gratissima ou P. americana)
- Petroselinum sativum
- Phyllanthus spp (P. amarus, P.niruri, P. tenellus e P. urinaria)
- Plantago major
- Plectranthus barbatus = Coleus barbatus
- Polygonum spp (Polygonum acre ou Polygonum hydropiperoides)
- Portulaca pilosa
- Psidium guajava
- Punica granatum
- Rhamnus purshiana
- Ruta graveolens
- Salix alba
- Schinus terebinthifolius = Schinus aroeira
- Solanum paniculatum
- Solidago microglossa
- Stryphnodendron adstringens = Stryphnodendron barbatimam
- Syzygium spp (S. jambolanum ou S. cumini)
- Tabebuia avellanedae
- Tagetes minuta
- Trifolium pratense
- Uncaria tomentosa
- Vernonia condensata
- Vernonia spp (Vernonia ruficoma ou Vernonia polyanthes)
- Zingiber officinale
FONTES CONSULTADAS:
PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA: http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinais-do-sus.html
domingo, 15 de novembro de 2015
Plantas Medicinais
O uso de plantas como medicamento é provavelmente tão antigo quanto o aparecimento do próprio homem. A preocupação com a cura de doenças sempre se fez presente ao longo da história da humanidade.
Bem antes do surgimento da escrita, o homem já utilizava ervas para fins alimentares e medicinais. Buscando as espécies vegetais mais apropriadas para sua alimentação ou para cura de seus males, nossos ancestrais foram descobrindo as que serviam para se alimentar, se medicar, as que eram venenosas e as que causavam efeitos alucinógenos.
Um tratado médico datado de 3.700 a C., escrito pelo imperador chinês Shen Wung, é um dos mais antigos documentos conhecidos sobre as propriedades medicinais das plantas. Os egípcios, 1.500 a. C. já utilizavam ervas aromáticas na medicina, na culinária e, principalmente, em suas técnicas para embalsamar os mortos. Os sumérios da Mesopotâmia possuíam receitas valiosas, que só eram conhecidas por sábios e feiticeiros. Na Índia, aproximadamente no ano 1.000 a. C., o uso de ervas era bastante difundido.
Durante a Idade Média, o cultivo das ervas utilizadas como alimentos, bebidas e remédios, ficou a cargo dos monges, que as plantavam ao redor dos mosteiros e igrejas.
Na Europa, principalmente na Inglaterra, a medicina alternativa tem cada vez mais adeptos e nos Estados Unidos há uma grande quantidade de farmácias naturais.
No Brasil, o conhecimento das propriedades de plantas medicinais é uma das maiores riquezas da cultura indígena, uma sabedoria tradicional que passa de geração em geração. O índio tem um conhecimento profundo da flora medicinal, retirando dela os mais diversos remédios, usados de diferentes formas. Suas práticas curativas e preventivas estão relacionadas com o modo como ele percebe a doença e suas causas, sendo realizadas pelo pajé em rituais cheios de elementos mágicos e místicos.
Existe uma grande quantidade de espécies em todo o mundo e a Amazônia abriga 50% da biodiversidade do Planeta. De acordo com dados de instituições de pesquisas da região, cerca de cinco mil, dentre as 25 mil espécies amazônicas, já foram catalogadas e suas propriedades terapêuticas estudadas.
As plantas medicinais podem ser adquiridas em mercados públicos, lojas de ervas, podem ser colhidas no campo ou cultivadas em jardins, hortas, e até em vasos.
Mais de 25% de todos os medicamentos são de origem vegetal. As plantas medicinais sempre foram objeto de estudo, buscando-se novas fontes para obtenção de princípios ativos, responsáveis por sua ação farmacológica ou terapêutica.
Do ponto de vista científico, no entanto, ainda é um campo pouco estudado e difundido no País, apesar da riqueza da flora brasileira, ficando os estudos na área mais restritos à antropologia e ao folclore, através da medicina popular.
Apesar de muitas plantas serem úteis ao homem, existem aquelas que produzem substâncias tóxicas ou venenosas. É preciso conhecer bem as características de cada planta para poder usá-la como remédio.
É comum se ouvir dizer que o uso das plantas medicinais se não fizer bem, mal não fará, porém não é bem assim. Sua utilização inadequada poderá trazer efeitos indesejados. É necessário ter conhecimento da doença ou do sintoma apresentado e fazer a seleção correta da planta a ser utilizada, além de preparação adequada. A forma de uso, a freqüência e a quantidade são aspectos muito importantes para sua utilização. A dosagem deve observar a idade e o tipo de metabolismo de cada pessoa.
As plantas medicinais podem ser preparadas utilizando-se diversas formas:
· cataplasmas (preparação de uma espécie de pomada para uso externo, de uso tópico);
· decocção (fervura para dissolução das substâncias através de ação prolongada da água ou calor);
· inalação (combinação de vapor d’água com substâncias voláteis das plantas aromáticas);
· infusão (modo tradicional de preparação dos chás);
· maceração (a substância vegetal fica em contato com álcool, óleo, água ou outro líquido para dissolver o princípio ativo) ;
· sumos ou sucos (espremidos em pano, triturados em liquidificador ou pilão, podendo ser adicionada água ou não);
· vinhos medicinais (preparações para dissolver as substâncias vegetais em vinho puro);
· poções (soluções onde são agregados xaropes, tinturas, extratos ou outros ingredientes);
· torrefação (utilizando-se o fogo para retirar a água e modificar algumas propriedades da planta);
· unguentos e pomadas (preparado através da mistura do suco, tintura ou chá da planta medicinal com vaselina ou lanolina).
· xarope (preparações dissolvendo-se a substância da planta em açúcar e água aquecidos, obtendo-se o ponto de fio).
As plantas medicinais são utilizadas para os mais diferentes efeitos, entre os quais podem ser destacados: o anticatarral (inibe a formação de catarro); o antiespasmódico (evita ou alivia as contrações musculares dolorosas); antiflatulento (elimina os gases intestinais); anti-reumático (combate o reumatismo); antitussígeno: (inibe a tosse); diurético (auxilia a eliminação de líquidos pelos rins); emético (provoca vômito); expectorante (elimina a mucosidade do aparelho respiratório); hemostático (estanca hemorragias); laxante (solta os intestinos); obstipante (prende os intestinos).
Abaixo estão relacionadas, em ordem alfabética, algumas plantas medicinais com seus nomes populares e suas indicações terapêuticas:
abacate – a casca é vermífuga e anti-hemorrágica; o caroço ralado é um tonificante do couro cabeludo e o chá das folhas é indicado para problemas renais;
abóbora (jerimum) – vermífugo, especialmente indicado para a taeníase (tênia); (verminose);
agrião - infecções das vias respiratórias, antianêmico e digestivo;
alfavaca – antigripal, diurética e hipotensora. As sementes são usadas contra blenorragia;
alho roxo – dores de dente, cólicas, flatulência, asma e prisão de ventre;
andiroba – o óleo das sementes friccionadas é usado para bursites e nevralgias, funcionando também como repelente de insetos;
arnica (erva lanceta ou rabo de rojão) – serve para pancadas, contusões;
babosa – o sumo das folhas é usado como xampu anti-caspa, combate à queda de cabelos e para lavar feridas, úlceras, eczemas e hemorroidas;
boldo – digestivo, antitóxico, combate a prisão de ventre e é usado também nas febres intermitentes;
camomila – antiespamódica, antinevrálgica, digestiva, combate urticárias e inflamações de garganta;
cabacinha – utilizada em infusão para o combate a sinusite. O chá é abortivo.
capim-santo – tranquilizante, usado também contra as diarreias e a hipertensão;
carrapicho – o chá das folhas serve para combater diarreias e problemas renais;
cidreira – o chá é calmante e faz bem ao estômago e combate a diarreia;
eucalipto – o chá combate a febre e a inalação serve para sinusite e broquite;
erva-doce – tranquilizante, antiespasmódico, afrodisíaco e diurético;
fava – a infusão das folhas usadas para banhos e emplasto é usada contra impetigo;
goiaba – o chá dos brotos novos serve para combater a diarreia;
graviola – o chá das folhas é usado contra o diabetes;
hortelã – é antiespasmódico, atua contra vômitos, combate enxaquecas;
ipecacunha – o chá da raiz combate anginas, úlceras e sífilis. O lambedor é usado contra a gripe;
jabuticaba – gargarejo com a casca do fruto cozido serve para afecções da garganta;
jurubeba – desintoxicante e combate os males do fígado;
louro – o chá das folhas é usado contra reumatismo e nevralgias;
manjericão – o chá com leite é sedativo da tosse;
maracujá – tanto as folhas como o fruto são calmantes;
mastruço – expectorante, anti-inflamatório e o chá serve para cólicas;
melancia – diurético;
mulungu – o chá é indicado para bronquite, asma, febre e problemas hepáticos, e o banho com a infusão da casca é calmante e combate a insônia;
pau-brasil - a infusão das folhas é indicada para o combate ao diabetes;
pitanga – o chá das folhas é antitérmico;
quebra-pedras – o chá é antitóxico e diurético, sendo indicado para a diluição de cálculos renais.
romã – a infusão da casca do fruto á antitóxica e digestiva, tendo também ação antiespasmódico;
unha-de-vaca – indicada para combater o diabetes.
Recife, 30 de junho de 2008.
(Atualizado em 8 de setembro de 2009).
FONTES CONSULTADAS:
BREVE história das ervas. Disponível em: <http://users.matrix.com.br/mariabene/breve_historia_das_ervas.htm>. Acesso em: 26 jun. 2008.
ERVAS medicinais. Disponível em: <http://www.bethynha.com.br/ervas.htm>. Acesso em: 26 jun. 2008.
PLANTAS medicinais. Disponível em: <http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/>. Acesso em: 26 jun. 2008.
PLANTAS e ervas medicinais da Amazônia: um mercado em expansão. Disponível em: <http://www.jardimdeflores.com.br/ECOLOGIA/A15ecologia1.htm>. Acesso em: 26 jun. 2008.
SOSSAE, Flávia Cristina. Plantas medicinais. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/biologia/prociencias/medicinais.html>. Acesso em: 25 jun. 2008.
Fonte: GASPAR, Lúcia. Plantas medicinais. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em:15 nov de 2015
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segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Fitoterapia
A fitoterapia ou terapia pelas plantas é uma das mais antigas práticas terapêuticas da humanidade. Ela remonta há cerca de 8.500 a.c. e apresenta origens tanto no conhecimento popular (etnobotânica) como na experiência científica (etnofarmacologia).
As plantas contêm princípios ativos capazes de curar diversas doenças e foi a partir do reconhecimento destas propriedades terapêuticas que se deu o surgimento da medicina alopática moderna.
Manual árabe de fitoterapia, cerca de 1334 a.C.
O termo Fitoterapia deriva do grego therapeia, tratamento, e phyton, vegetal, e diz respeito ao estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças.
Ela surgiu independentemente na maioria dos povos. Na China, por exemplo, surgiu por volta de 3000 a.C., quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora.
Fitoterapia x Medicamento Fitoterápico
A definição de medicamento fitoterápico é diferente de fitoterapia. Os medicamentos fitoterápicos são preparações elaboradas por técnicas de farmácia em que são utilizados os extratos das plantas, sendo produtos industrializados. Já a Fitoterapia é uma ciência e engloba, além das preparações fitiofarmacológicas e dos medicamentos fitoterápicos, o uso popular das plantas em si.
Vantagens e riscos
Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos.
O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo das plantas (substância responsável pelos efeitos terapêuticos) é uma das prioridades da farmacologia. Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, principalmente através de chás, ultra diluições ou sob a forma industrializada, através do extrato homogêneo da planta.
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de riscos. Além do princípio ativo terapêutico, a planta pode conter substâncias tóxicas, substâncias alergênicas, contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e pode interagir com outras medicações, causando danos à saúde. Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico enquanto utilizado em sua dose terapêutica, sendo tóxico quando utilizado em excesso.
A variação de concentração de um princípio ativo em chás pode ser muito grande, sendo praticamente impossível atingir uma faixa terapêutica segura em algumas plantas. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzido, através do controle de qualidade da matéria prima, e mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo pode chegar a 100%. Nas ultradiluições, como na homeopatia, não riscos intoxicação por excesso de determinado princípio ativo.
À medida que os princípios ativos são descobertos, eles são isolados e refinados, de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações, e as doses terapêuticas e tóxicas são definidas com segurança.
Entretanto, o isolamento e o refino dos princípios ativos também não são isentos de riscos, uma vez que pretende substituir o conhecimento popular tradicional por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas muitas vezes antagônicas. Além disso, oa se extrair os princípios ativos são desprezados diversos elementos existentes na planta que naturalmente se mantêm em proporções adequadas.
O uso de fitoterápicos de laboratório também poderia introduzir novos efeitos colaterais ou adversos, devido a ausência de sinergismo ou antagonismo parcial entre os diversos princípios ativos existentes na planta.
Entre o conhecimento popular e o científico
A fitoterapia tem se tornado cada vez mais popular entre os povos de todo o mundo. Há inúmeros medicamentos no mercado que utilizam em seus rótulos o termo “produto natural”. Eles prometem, além de maior eficácia terapêutica, ausência de efeitos colaterais.
Grande parte desses medicamentos utiliza plantas da flora estrangeira ou brasileira como matéria-prima e possuem diversas finalidades: acalmar, cicatrizar, expectorar, engordar, emagrecer e muitos outros. É a utilização das plantas para o tratamento de doenças que constitui, hoje, o ramo da medicina conhecido como Fitoterapia.
O uso das plantas como remédio é provavelmente tão antigo quanto à própria humanidade. Nas Ilhas Oceânicas, por exemplo, há séculos a planta kava kava (Piper methysticum) é usada como calmante e durante muito tempo ela foi utilizada em cerimônias religiosas. Hojejá é comprovado que seu extrato tem efeito no combate à ansiedade.
Entretanto, ao se utilizar as plantas como medicamentos é preciso ter cautela. A crença popular de que as plantas não fazem mal, estimulada por fortes apelos de marketing, acaba distorcendo os usos e reais benefícios das plantas. ” O conceito pré-estabelecido, popular, de que o que vem da natureza não faz mal é incorreto”, lembra Elisaldo Carlini, pesquisador do Departamento de Psicofarmacologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Quem é que não sabe que a planta conhecida como “Comigo ninguém pode” é extremamente tóxica e pode matar? E afinal, estricnina, morfina e cocaína também são produtos naturais.
Todo medicamento, inclusive os fitoterápicos, deve ser usado segundo orientação médica. É claro que dificilmente chega-se a uma overdose de chá de boldo. Mas há ainda muitas plantas cujos efeitos não são bem conhecidos e seu uso indiscriminado pode prejudicar a saúde. Por outro lado, vários estudos científicos comprovam que a fitoterapia pode oferecer soluções eficazes e mais baratas para diversas doenças.
Para Carlini, os preconceitos em relação ao uso de fitoterápicos estão diminuindo. “O uso da fitoterapia como prescrição até há pouco tempo não era aceito pelos próprios cientistas. Ela era considerada uma medicina inferior, alternativa, principalmente por conta dos benefícios propagados por aproveitadores e charlatões. Era vista como ‘medicina popular`, desenvolvida à base de plantas que podiam ser encontradas na quitanda, na loja de artigos de umbanda, casas de chás, praças, etc”, diz.
Segundo o pesquisador, o conceito de uso dos fitoterápicos vem sendo modificado graças a produtos que os próprios médicos vêm utilizando e que têm base científica comprovada: “O crescimento do uso de fitoterápicos deve-se à competência científica de estudar, testar e recomendar o uso de determinadas plantas para usos específicos”, afirma.
É considerado fitoterápico toda preparação farmacêutica (extratos, tinturas, pomadas e cápsulas) que utiliza como matéria-prima parte de plantas, como folhas, caules, raízes, flores e sementes, com conhecido efeito farmacológico. O uso adequado dessas preparações traz uma série de benefícios para a saúde humana ajudando no combate a doenças infecciosas, disfunções metabólicas, doenças alérgicas e traumas diversos, entre outros. Associado às suas atividades terapêuticas está o seu baixo custo; a grande disponibilidade de matéria-prima (plantas), principalmente nos países tropicais; e a cultura relacionada ao seu uso.
Referências
• Amitava Dasgupta. Review of Abnormal Laboratory Test Results and Toxic Effects Due to Use of Herbal Medicines Am J Clin Pathol 120(1):127-137, 2003.
• Zhou S; Koh HL; Gao Y; Gong ZY; Lee EJ. Herbal bioactivation: the good, the bad and the ugly. Life Sci. 2004; 74(8):935-68
• Stedman C Herbal hepatotoxicity. Semin Liver Dis. 2002; 22(2):195-206
• Chan TY; Tam HP; Lai CK; Chan AY A multidisciplinary approach to the toxicologic problems associated with the use of herbal medicines. Ther Drug Monit. 2005; 27(1): 53-7
• Cheng KF; Leung KS; Leung PC Interactions between modern and Chinese medicinal drugs: a general review. Am J Chin Med. 2003; 31(2):163-9
• Millonig G; Stadlmann S; Vogel W. Herbal hepatotoxicity: acute hepatitis caused by a Noni preparation (Morinda citrifolia). Eur J Gastroenterol Hepatol. 2005; 17(4):445-7
• Bensoussan A; Myers SP; Drew AK; Whyte IM; Dawson AH. Development of a Chinese herbal medicine toxicology database. J Toxicol Clin Toxicol. 2002; 40(2): 159-67
• Berrin Y; Ali O; Umut S; Meltem E; Murat B; Barut Y Multi-organ toxicity following ingestion of mixed herbal preparations: an unusual but dangerous adverse effect of phytotherapy. Eur J Intern Med. 2006; 17(2): 130-2
• Tomassoni AJ; Simone K Herbal medicines for children: an illusion of safety? Curr Opin Pediatr. 2001; 13(2): 162-9
• ANVISA. “Uso de plantas medicinais da tradição popular é regulamentado”.
- UFJF: http://www.ufjf.br/proplamed/atividades/fitoterapia/
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